quinta-feira, 31 de março de 2011

Eco

Escrevendo para nada, sendo para ninguém. Assim se resume a minha ânsia de ser vista, de ser abarcada por algo, por algo... Meus momentos de consciência têm sido intermitentes. Antes o tédio trazia consigo a minha terceira visão; agora só traz o marasmo, mesmo. Tenho me sentido assim, ultimamente. Estática. Parada no tempo. Frequentemente tenho a sensação de viver uma vida que não a minha própria. E os dias passam, e passam, chego a certificar-me mais de uma vez em que ano, em que mês estou. Pareço flutuar numa imensidão de nada, de tédio. Tédio. Meus dias, minhas horas consumidas por esse ser-e-não-ser. Ativa, mas não ativa. Meio que dirigida insconscientemente.

Tenho medo de ter me perdido.

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